Independência: Haiti e América Espanhola-Parte2

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Fonte: http://www.estudopratico.com.br/revolta-de-tupac-amaru-1780/

A instalação do sistema colonial hispânico na América foi marcada por um processo massivo de eliminação de boa parte das populações indígenas que aqui viviam. No entanto, conforme assinalado pelo poeta chileno Pablo Neruda, a “cruz”, a “espada” e a “fome” não foram suficientes para encerrar as resistências da população indígena frente ao colonizador espanhol.
No século XVIII, a infiltração das ideias iluministas e liberais só vieram a potencializar essa relação de conflito entre índios e espanhóis. Para ampliar a mão-de-obra disponível, muitos colonizadores empreendiam acordos com as lideranças indígenas locais.
Os chamados caciques ou curacas, líderes máximos das comunidades indígenas, eram acionados pelos espanhóis para garantir a dominação sobre uma determinada população nativa.
José Gabriel Condorcanqui  era um rico comerciante mestiço, descendente do último imperador Inca, Tupac Amaru, e a revolta que liderou foi um dos mais importantes movimentos indígenas da América Espanhola.Organizou um movimento emancipacionista que contou com o apoio da elite criolla. A rebelião começou em 1780, com a execução de um dos chefes espanhóis da administração colonial. Em pouco tempo, milhares de mestiços, indígenas, escravos e colonos empobrecidos decidiram não mais obedecer às exigências e tributos da Coroa Espanhola.
A popularização dos ideais da rebelião Túpac Amaru começava a representar uma ameaça real aos interesses das elites criollas. Com isso, o movimento acabou se desintegrando e perdendo sua articulação política. Túpac Amaru II foi preso e julgado pelas autoridades metropolitanas. Servindo de exemplo para as demais populações indígenas.
Quando Napoleão Bonaparte resolveu atacar a Espanha em 1808, a maioria do povo da distante América espanhola não sabia que esse ato iria interferir diretamente em seu destino.
As Juntas Governativas, formadas a partir dos cabildos (assembleias) americanos, apesar de jurarem fidelidade a Fernando 7º, na prática constituíam governos autônomos. Em muitas colônias americanas a rivalidade entre criollos e chapetones se ampliou, ocasionando inúmeras rebeliões. Os criollos, então, foram se organizando aos poucos, para poderem governar os cabildos e expulsar os espanhóis de seus territórios, ao mesmo tempo em que submetiam as rebeliões populares.
Em 1813, ao recuperar o trono espanhol, Fernando 7º buscou restabelecer a ordem absolutista espanhola e revogou toda e qualquer lei promulgada pelas Juntas Governativas.Deu início a um processo de perseguição aos liberais que restabeleceu, inclusive, a Inquisição.
Na América, a política de perseguição de Fernando 7º só fez inflamar ainda mais as revoltas, que a essa altura já aconteciam em diferentes pontos do continente.
Os colonos, entretanto, não agiam de forma conjunta, inclusive porque as elites criollas tinham interesse em se manter senhoras de suas próprias regiões. A imensidão do território americano, o isolamento dos povoados e suas características geográficas distintas contribuíram para que cada colônia adotasse estratégia diferente na guerra contra os espanhóis.
A partir de 1825, com o apoio da Inglaterra e dos Estados Unidos, interessados que estavam na abertura de novos mercados, grande parte da América já era composta por países independentes.

Endereço Bibliográfico:
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historia-america/rebeliao-tupac-amaru.htm
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/rebelioes-do-seculo-18-na-america-espanhola-tupac-amaru-2-e-movimento-comunero.htm
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/independencia-na-america-espanhola-lutas-europeias-disseminaram-ideal-de-liberdade.htm

Postador por Historiando na Rede