Africanos no Brasil,dominaçao e resistencia Parte3

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http://www.historiadetudo.com/abolicao-da-escravatura

Havia um grupo que era contra a escravidão, os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo.As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.




Em  1845, os ingleses impuseram uma lei realizando a prisão de toda a embarcação que estivesse no Oceano Atlântico transportando escravos africanos. Isso fez com que o número de escravos vindos para o Brasil diminuísse e o preço deles se elevasse justamente num tempo em que as lavouras de café aumentavam no país. Pouco tempo depois, no ano de 1850, o governo brasileiro aprovou a Lei Eusébio de Queirós. Essa lei proibia definitivamente a importação de escravos para o país.


Para suprir a falta de escravos, os proprietários de terra passaram a atrair imigrantes europeus que ocupariam as vagas de trabalho existentes nas lavouras. Para alguns intelectuais brasileiros, essa presença era benéfica na medida em que os europeus eram considerados “superiores”. Mais do que trazer a cultura europeia para o Brasil, a presença dos imigrantes viria, ao longo das décadas, promover o “branqueamento” da nossa população. Esse era outro argumento dos intelectuais que na época, infelizmente, acreditavam que os negros e mestiços eram grupos raciais com menor capacidade intelectual.


Após a Lei Eusébio de Queirós, podemos destacar outras leis abolicionistas que foram aprovadas pelo governo de Dom Pedro II. A Lei do Ventre Livre determinou que todos os filhos de escravos nascidos a partir daquela data estariam livres. Apesar de livrar as próximas gerações da escravidão, essa medida só era aplicada assim que o filho de escravo atingisse os 21 anos de idade. A Lei dos Sexagenários livrava os escravos com mais de sessenta anos da escravidão. A medida também tinha uma aparência benéfica. Contudo, era muito pequena a quantidade de escravos com mais de sessenta anos.


No dia 13 de maio de 1888, chegou ao fim o trabalho escravo no Brasil. Após quatro séculos de escravidão, tortura e maus-tratos, os negros estavam libertos perante a lei. A aprovação da Lei Áurea, a lei que oficializou o fim da escravidão no Brasil, foi assinada pela Princesa Isabel. O processo abolicionista foi também resultado de uma luta política, que mobilizou alguns políticos da época que se empenharam em ajudar a Princesa a aprovar a Lei Abolicionista.


A escravidão chegou ao fim, o ex-escravo tornou-se igual perante a lei, mas isso não lhe deu garantias de que ele seria aceito na sociedade, por isso os recém-libertos passaram dias difíceis mesmo com o fim da escravidão.


Mais de um século após a assinatura da Lei Áurea, muita coisa mudou, a população negra soma hoje 50,1% dos cidadãos brasileiros, mas ainda existe um fosso entre negros e brancos no país difícil de transpor e a democracia racial continua sendo um mito.


A legislação brasileira, embora muitas vezes não aplicada com eficácia, tem uma tradição de combater o racismo. A lei Afonso Arinos já punia a discriminação racial e a Constituição de 1988 configura o racismo como crime inafiançável. Apesar dos problemas raciais que ainda conhecemos, o Brasil é, sem dúvida, um paradigma de tolerância racial no mundo.


                                               https://www.youtube.com/watch?v=QXiXFsPpf-o




Endereço bibliográfico:

http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/abolicao.htm

http://escolakids.uol.com.br/a-abolicao-da-escravidao-no-brasil--1888.htm

http://escolakids.uol.com.br/as-consequencias-do-fim-da-escravidao-no-brasil.htm

http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/abolicao-sim-igualdade-ainda-nao-627161.shtml

http://www.coladaweb.com/sociologia/a-questao-racial-no-brasil

Postador por Historiando na Rede