Africanos no Brasil,dominação e resistência Parte1
A
utilização de escravos sempre foi vista como a mais viável alternativa para que
os dispendiosos empreendimentos de exploração tivessem a devida funcionalidade.
No
Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do
século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na
África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do
Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se
fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro
daqueles mais fracos ou velhos.
Durante o estabelecimento da
empresa colonial portuguesa, a opção pelo trabalho escravo envolveu diversas
questões que iam desde o interesse econômico ao papel desempenhado pela Igreja
na colônia. Sob o aspecto econômico, o tráfico de escravos foi um grande
negócio para a Coroa Portuguesa. Em relação à posição da Igreja, o povo
português foi impelido a escravizar os indígenas, pois estes integrariam o
projeto de expansão do catolicismo pelas Américas.
Os primeiros negros chegaram
ao Brasil em 1580. Eram capturados na África, trazidos em grandes embarcações
(os navios negreiros) e vendidos no Brasil. As viagens duravam entre três e
quatro meses. Eles vinham nus e deitados nos porões dos navios sobre urinas e
fezes, e nem sempre havia água e comida para todos. Muitos negros não
sobreviviam a essas péssimas condições de viagem.
Quando chegavam ao Brasil,
os escravos eram acomodados em senzalas, trabalhavam cerca de quatorze horas
por dia e, muitas vezes, tinham direito a apenas uma refeição diária composta
de feijão, milho, farinha de mandioca. Por resistir à dominação dos brancos, os
negros eram ainda mais maltratados – apanhavam de chicotes e amarrados a
troncos.
Curiosidades:
– Os navios negreiros que traziam os escravos da África até o Brasil eram chamados de tumbeiros, devido à morte de milhares de africanos durante a travessia. Estas mortes ocorriam devido aos maus-tratos sofridos pelos escravos, pelas más condições de higiene e por doenças causas pela falta de vitaminas.
– Quando chegava ao Brasil, o africano era chamado de “peça” e vendido
em leilões públicos, como uma boa mercadoria: lustravam seus dentes,
raspavam os seus cabelos, aplicavam óleos para esconder doenças do corpo
e fazer a pele brilhar, assim como eram engordados para garantir um bom
preço.
Sugestão de leitura:
-Casa-Grande & Senzala de Gilberto Freyre (Global Editora).
- Um rio chamado Atlântico: a África no Brasil e o Brasil na África de Alberto da Costa e Silva (Nova Fronteira).
Referencias bibliográficas:
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/presenca-dos-negros-no-brasil/
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/escravidao.htm
http://brasilescola.uol.com.br/historiab/escravidao-no-brasil.htm
http://brasilescola.uol.com.br/historiab/escravos.htm
http://www.historiadigital.org/curiosidades/25-curiosidades-sobre-a-escravidao/